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Brasil assina acordo com Pfizer para receber 70 milhões de doses da vacina
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Em entrevista coletiva na noite desta quinta-feira (10/12), o secretário-executivo do Ministério da Saúde Élcio Franco afirmou que o memorando de entendimento com a Pfizer/BioNTech sobre a vacina contra a Covid-19 foi assinado nesta quarta (9/12).
A assinatura não significa compra da imunização, é apenas um primeiro passo para o contrato. O governo federal só pretende fechar a compra quando a imunização for aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo Franco, o acordo prevê a entrega de 8,5 milhões de doses da vacina no primeiro semestre, e o restante até o final do ano, totalizando 70 milhões de doses. O preço negociado está sob contrato de confidencialidade e não pode ser divulgado.
Sobre a preocupação com a logística de entrega da vacina, que precisa ser conservada a -70ºC, o secretário diz que a Pfizer tem uma caixa térmica que garante conservação por 30 dias, e a farmacêutica se ofereceu para ajudar a transportar as doses aos pontos de vacinação em todo o país.
“A caixa usa gelo seco. A vacina vem dos Estados Unidos, chega de avião e, imediatamente, será transportada para o destino. O intervalo entre a primeira e a segunda dose é de 21 dias. Fora dessa primeira caixa, em geladeira normal, a vacina dura 5 dias”, explica Franco.
Ele descarta a necessidade de compra de equipamentos específicos para conservar a imunização em um primeiro momento, e diz que só é possível fazer essa previsão quando se souber a quantidade de doses.
A vacina da Pfizer já está sendo usada emergencialmente no Reino Unido e já foi aprovada na mesma modalidade pelo Canadá e pelos Estados Unidos.
Coronavac x Pfizer
O secretário afirmou que as vacinas Coronavac e Pfizer estão “nas mesmas condições” até o momento. Foram assinados memorandos de entendimento entre as duas e o governo federal, mas o montante de doses da imunização chinesa não foi divulgado pelo governo e nem faz parte da conta de 300 milhões de doses da pasta.
Até o momento, de acordo com o Ministério da Saúde, são 100 milhões de doses da vacina de Oxford no primeiro semestre, mais 160 milhões produzidas pela Fiocruz na segunda metade do ano e 42 milhões vindas da Covax Facility.
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